terça-feira, 30 de outubro de 2007

Suécia

Mais um. Não vou comentar, estaria a repetir o que outros já disseram e bem.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Ainda sobre James Watson e José Manuel Fernandes, ver aqui e aqui.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Quem não tem pais ricos vai ao BCP

Por causa disto, hoje, todos às 18h à rua augusta, frente ao bcp, gritar
"Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai"

domingo, 21 de outubro de 2007

Direitices

A Plataforma Cívica de Tusk venceu, sem maioria absoluta, as eleições para o parlamento polaco. (em português aqui) Cai assim o monopólio político dos gémeos Kaczynski e a Polónia desliza da extrema-direita nacionalista para o centro-direita neoliberal.
Será que com este governo o Tinky Winky terá paz e sossego?
Tudo leva a crer que não. Apesar da diferença de políticas económicas e uma outra atitude em relação à Europa e ao Iraque, Donald Tusk mantém o conservadorismo no que toca às questões sociais.
A ver vamos.

sábado, 20 de outubro de 2007

Estamos a tentar aproximar as pessoas dos dois cursos de Antropologia de Lisboa.

Esta terça-feira, as turmas do primeiro ano do ISCTE e da Universidade Nova (F.C.S.H.) vão ao Doc Lisboa- Festival de Cinema Documental, ver um filme norueguês do Knut Erik Jensen.
Cool and Crazy é um êxito de bilheteira na Noruega e passará às 18h15 na Culturgest (Campo Pequeno).
23 Out. 18.15 - Culturgest (Pequeno Auditório) 19 Out. 16.00 - Cinema Londres (Sala 2) Cool & Crazy [VN] de Knut Erik Jensen 105´Noruega 2001

Este documentário é até hoje o maior sucesso de bilheteira do cinema norueguês. Um verdadeiro filme de culto nacional. "Cool and Crazy" apresenta o coro dos pescadores da aldeia de Berlevåg, que se situa em pleno círculo polar árctico. Este surpreendente coro masculino canta em locais naturais belíssimos, totalmente inesperados, mas também faz apresentações na Rússia - e isto é motivo de acesas discussões entre os pescadores, sempre irreverentes e espirituosos. Para alguns, este será um filme sobre homens. Para outros, será sobre o amor. Ou política. Ou peixe. Acima de tudo é um filme sobre a dignidade de homens normais que vivem em condições extremamente duras.

(tirado daqui)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Doc Lisboa I

Ontem fui à abertura do Doc Lisboa e do ciclo Vento Norte. O filme era de Eva Mulvad e Anja Al-Erhayem, sobre as eleições parlamentares no Afeganistão. Enemnies of Happiness segue a campanha de Malalai Joya, mulher candidata.

Apesar de me ter parecido mais um diário de campanha do que um documentário sobre as eleições, resolvi ficar para o debate com a realizadora Eva Mulvad, apresentado por Serge Trefaut (realizador dos Lisboetas e do Outro país). Respondendo às perguntas, a realizadora começou por referir que o trabalho lhe tinha caído do céu e que este filme não era inicialmente dela.

Como Anja Al-Erhayem estava grávida e não o poderia realizar sozinha, Eva foi para o terreno filmá-lo. Apenas quatro semanas no Afeganistão chegaram para tudo, e filmando sem perceber o que filmava, regressou sem nunca ter aprendido a língua.

Portanto a grande realização deste filme é a montagem posterior à tradução, porque o único trabalho no terreno foi ligar a câmara e deixar as personagens falar. (crítica do Doc Log, aqui)

Hoje às 23h passa um filme da Diana Andringa e do Flora Gomes sobre a guerra colonial portuguesa na Guiné. As Duas Faces da Guerra faz parte do ciclo investigações.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Em 1997 afirmou, também numa entrevista ao britânico Telegraph, que, se um dia se descobrisse que a homossexualidade está gravada nos genes, então que as mães de bebés com esses genes deveriam ter o direito de abortar: «Disse que deviam ter esse direito porque quase todas gostavam um dia de ter netos», recordou agora na entrevista de domingo do Sunday Times.
Eu acho que o senhor James Watson tem o direito de não dizer disparates.

Hoje, às 23h35 na rtp2 vai passar o documentário de Catarina Mourão "Á flor da pele". Sobre um bairro social no Porto, durante o europeu de football, mostra um grupo de crianças pobres, mergulhadas na rotina dos jogos, que come, respira e dorme futebol. Ganhou recentemente o prémio brasileiro de Melhor Filme no Festival Filme Documentário e Etnográfico.

Todos os olhos estavam postos em cima dos estádios, dos jogadores e dos desafios. Decidi desviar ligeiramente o meu olhar, e perceber o que se estava a passar ao lado dos estádios, fora das televisões: rapazes e raparigas a crescer, a lutar, crianças a parecerem adultos, adultos a comportarem-se como crianças, um país mergulhado na recessão e apatia à espera da vitória da selecção Portuguesa para aconchegar o ego..mas no fim nada mudou e a vida continuou..
Catarina Mourão

Quinta-feira, dia 18 às 18h, na Fundação Mário Soares, será apresentado o novo livro de António Monteiro Cardoso, recentemente editado pelo Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa do ISCTE.

Sobre a ocupação japonesa de Timor durante a segunda guerra mundial, relata através do diário do Tenente Pires, a resistência conjunta, de timorenses e deportados políticos do Salazarismo.
“Neste contexto, a política de Salazar em relação a Timor, apresentada como um notável sucesso, é analisada nesta obra, à luz de factos, então ocultados, que põem em causa essa visão triunfalista, sobretudo o abandono à sua sorte dos portugueses, que se mantiveram escondidos no território, muitos dos quais vieram a morrer em trágicas circunstâncias.” (contracapa)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

25 anos

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

sábado, 13 de outubro de 2007

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

12 de Outubro de 1972

Eis camarada a minha mão proletária
Seguindo-te a lição, teu nome erguendo,
Na luta que se vai reacendendo,
Cada dia maior, mais solidária.
O povo por quem deste heróico a vida
Erguendo triunfante o teu estandarte
Segue o teu exemplo em toda a parte
De forma cada vez mais aguerrida.
Faz hoje 35 anos. Durante uma reunião estudantil contra a repressão de Marcelo Caetano, na Faculdade de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa, a P.I.D.E. assassinava um estudante de direito.

Militante do PCTP-MRPP, José António Ribeiro Santos dedicou grande parte da sua vida à luta estudantil e anti-fascista, durante o Antigo Regime.

Hoje às 18h30 no Museu da República e da Resistência haverá uma sessão evocativa, com intervenções de Ana Gomes, João Soares, Garcia Pereira e João Mário Mascarenhas.

E do sangue de fogo que escorreu

Do teu corpo caído, assassinado

Tão heroicamente acrescentado

Ao sangue que o povo já verteu,

Há-de nascer um dia um grande mar

Com vagas vermelhas e raivosas...

As feras foram sempre criminosas

E podem-se abater, mas não mudar.

(coro popular "O horizonte é vermelho")

Se eles voltarem cá para fora eu exijo asilo lá dentro...

Há bocado dei de caras com o Pinto Coelho e seus comparsas no Marquês de Pombal. Volta e meia iam admirar o novo cartaz do PNR, recém colocado no local, ainda lustroso e limpinho. Ao mesmo tempo, no site do partido, exigem a libertação do seu dirigente nacional, Vasco Leitão, acusado de discriminação racial. Segundo o texto está-se a “deslocar aquilo que é mera opinião” [aliás, claramente partilhada de alto a baixo pelo PNR] “para o campo de criminalidade”.

Tudo nesta história me parece absurdo. Como é que um partido que é ele próprio anti constitucional (este artigo* de facto existe) pode exigir a libertação de seja quem for?
No fundo está tudo explicado no tal texto. “Exigimos liberdade de expressão para os Nacionalistas.Os outros que se lixem.
É para ser levado à letra.
*46º

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O El Publico já está nas bancas Espanholas. Ao contrário do que poderíamos pensar, a qualidade do diário português, não lhe valeu nenhuma tradução em castelhano. Definido como "progressista, de esquerda, popular, democrática e radical", é vendido por apenas 50 cêntimos.

Em Portugal, após sucessivos saneamentos políticos, os jornais ditos de referência (vendidos pelo dobro do preço do jornal espanhol), apresentam-se como difusores exemplares dos blá blá blás do centrão PS/PSD, quando não ousam endireitar-se um pouco mais. Temos assim um Público do Pacheco Pereira ao Pulido Valente e um Diário de Noticias do Carrilho ao Graça Moura, não sobrando nenhum Expresso que possa compensar. É com grande expectativa que vejo mais um jornal espanhol somar-se ao rol de diários estrangeiros ainda não tomados pelos poderes políticos locais.